segunda-feira, 4 de maio de 2009

Crise nos media

Sinais dos tempos…
Anúncio feito hoje pelo grupo que também detém o New York Times:
“’Boston Globe’ pode fechar dentro de semanas”
O grupo New York Times Company, anunciou que está preparado para fechar o “Boston Globe” dentro apenas de algumas semanas. O jornal mais lido de Boston deixa a cidade da costa leste, conhecida por albergar das mais prestigiadas universidades do mundo, como Harvard ou o MIT, com apenas um diário, o “Boston Herald”, que tem apenas 10 jornalistas e também enfrenta sérias dificuldades. A New York Times Company detém, para além do “Boston Globe”, o “New York Times” e o “International Herald Tribune”, a par com mais 15 títulos regionais.

Desenvolvimento da história no Público.

“Agências de publicidade apanham com a culpa da crise”. No DN: Dois terços dos norte-americanos atribuem às agências de publicidade a responsabilidade na crise global, pois incentivam ao consumo de produtos que a maioria não pode comprar. Nos media, especificamente os jornais e revistas.

Também no DN: “Gripe A ocupa 14% do tempo das notícias”; A TVI foi o canal que mais notícias emitiu sobre esta gripe, em quase uma semana. O tema gerou 130 notícias.

Uma opinião de Manuel Pinto, docente na Universidade do Minho, colhida no Página1:
Notícia de um divórcio
Acho que é chegada a hora de um sobressalto no jornalismo. Os sinais de assédio e de crise provêm de vários lados, mas o desassossego está longe de gerar um movimento colectivo.
Não me refiro, em primeiro lugar, ao impacto da Internet e da multiplicação das vozes e plataformas de informação em rede. Não me refiro também aos efeitos da crise económica e à precariedade e empobrecimento que gera nas redacções (até porque a tendência não é de agora). Não me refiro à sofisticação das pressões do lado das fontes – desde logo do poder político, mas, não menos importante e porventura menos ponderado, do lado do poder económico. Refiro-me a algo a que se poderia chamar, sem mais, “crise do jornalismo”. E esta
crise manifesta-se, em primeiro lugar, num divórcio entre o jornalismo e o país.

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